Governo Bolsonaro veta indicação de professora da USP para comitê da OMS

Ministério disse não ter visto ‘perfil adequado para a função’. Entidades como a SBPC classificaram a ação como ‘ideológica’ e saíram em defesa de Deisy Ventura, que criticou a atuação do gestão federal na pandemia

O Ministério da Saúde vetou a indicação do nome da pesquisadora da USP Deisy Ventura para integrar o comitê que atualizará o Regulamento Sanitário Internacional (RSI), um dos mais importantes da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em nota, o ministério limitou-se a afirmar que “foi consultado sobre a indicação da profissional e considerou que não era o perfil adequado para a função”.

Deisy Ventura é professora titular de ética da Faculdade de Saúde Pública da USP. Lá, coordena o programa de pós-graduação em saúde global e sustentabilidade. Também é professora do programa de pós-graduação do Instituto de Relações Internacionais da USP. Teve forte atuação pública durante a pandemia de covid-19.

A especialista é coordenadora do único grupo de trabalho do País sobre reforma do RSI. É formado por profissionais da USP e da Fiocruz.

O principal objetivo do comitê da OMS é oferecer conselhos técnicos ao diretor-geral da entidade, em caso de “emergência de saúde pública de interesse internacional”. O comitê inicia os trabalhos já na semana que vem.

Veja o texto na íntegra: Estadão

O Estado de S. Paulo não autoriza a reprodução do seu conteúdo na íntegra. No entanto, é possível fazer um cadastro rápido que dá direito a um determinado número de acessos.