Pesquisa brasileira sobre peixes se destaca internacionalmente

Os principais temas relacionados aos peixes como aquicultura, nutrição, estresse ambiental, toxicologia, ecologia, reprodução, parasitologia e fisiologia são discutidos a cada dois anos, desde 1994, no Congresso Internacional de Biologia de Peixes, promovido pela American Fisheries Society (AFS), a maior e mais antiga sociedade profissional para cientistas da área de recursos pesqueiros.
Os principais temas relacionados aos peixes como aquicultura, nutrição, estresse ambiental, toxicologia, ecologia, reprodução, parasitologia e fisiologia são discutidos a cada dois anos, desde 1994, no Congresso Internacional de Biologia de Peixes, promovido pela American Fisheries Society (AFS), a maior e mais antiga sociedade profissional para cientistas da área de recursos pesqueiros.
A 11ª edição do congresso, ocorrida em agosto desse ano, na cidade de Edimburgo, na Escócia, contou com a participação de 35 representantes do Brasil, entre pesquisadores e estudantes, além da apresentação de 43 trabalhos por brasileiros, conforme demonstra o gráfico. O Brasil foi a quarta maior delegação no evento.

O número de participantes brasileiros no Congresso Internacional de Biologia de Peixes tem aumentado (vide figura). Em 2004 e 2010, a presença de representantes do país foi significativa, com 406 participantes em Manaus e 82 em Barcelona, quando foram apresentados mais de 240 trabalhos. O levantamento das informações foi realizado pelo pesquisador e organizador do evento, Prof. Don MacKinlay.
A pesquisa é uma atividade que demanda interações com a comunidade científica da área e os congressos, reuniões e workshops são momentos especiais para que isso ocorra. É dessas interações que nascem novas ideias, novas cooperações, intercâmbios de estudantes, trocas de experiências e apropriações de novas tecnologias. Sem dúvida, no que se refere ao estudo dos peixes, o Congresso Internacional de Biologia de Peixes se tornou um dos eventos mais significativos, e o Brasil é parceiro importante nesse contexto, não só pela diversidade de espécies encontrada no país, mas também e, principalmente, pela consolidação de grupos de pesquisas com repercussão mundial.
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), representado pelo Laboratório de Ecofisiologia e Evolução Molecular (LEEM), localizado em Manaus-AM, faz parte dessa história. Coordenado pelos drs. Adalberto Val, secretário da SBPC, e Vera Val inicialmente, e agora com a participação da Dra. Renata Moreira, o grupo organizou em todas as edições do evento um simpósio sobre Peixes Tropicais. Na edição desse ano realizada em Edimburgo, por exemplo, alunos do laboratório apresentaram seis trabalhos, o tradicional simpósio sobre Peixes Tropicais foi organizado, e uma nova série de simpósios sobre Clima e Peixes foi inaugurada, sendo elaborada em conjunto com o prof. Jay Nelson, dos EUA, e a pesquisadora Vera Maria Fonseca de Almeida-Val, uma das líderes do LEEM, se tornou a primeira mulher a ser admitida na Legião de Honra do congresso.

(Ana Luisa Hernandes)