Novo volume da Coleção “Povos Tradicionais e Biodiversidade” está disponível no portal da SBPC

A ‘Seção 2 - Territórios (Onde estão?)’ traz dados quantitativos e espaciais sobre a situação dos territórios tradicionais de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, que muitas vezes estão dispersos e não são de fácil localização

seção2A SBPC lança nesta terça-feira, 22 de outubro, a Seção 2. Territórios (Onde estão?) da obra “Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil – Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças”. A seção resulta do esforço, de diversos autores e organizações, para reunir dados quantitativos e espaciais sobre a situação dos territórios tradicionais de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, que muitas vezes estão dispersos e não são de fácil localização.

O texto foi escrito em dois períodos, o primeiro de 2020 a 2022, e o segundo em início de 2024, já incluindo dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados em 2023.

Lançada a partir de 2021 pela SBPC, a obra completa terá 17 seções. A coordenação do trabalho é de Manuela Carneiro da Cunha (USP e Univ. de Chicago), Sônia Barbosa Magalhães (UFPA) e Cristina Adams (USP).  Segundo as coordenadoras do projeto, o estudo compõe um acervo importantíssimo, não só para os tomadores de decisão, mas também para os povos tradicionais e cientistas de muitas áreas.

Trata-se de uma síntese das contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais no Brasil para a geração e conservação da biodiversidade, além de outros serviços ecossistêmicos; das políticas públicas que os afetam positiva ou negativamente e dos conflitos e ameaças a que estão sujeitos. A pesquisa traz ainda avaliações e recomendações de órgãos internacionais acerca de compromissos assumidos pelo Brasil também são repertoriados.

O trabalho é resultado de uma encomenda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), viabilizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), complementado pelo apoio de um doador que quis ficar anônimo e, ainda, com contribuição da Plataforma Brasileira de Serviços Ecossistêmicos (BPBES).

Dirigida a tomadores de decisão de todos os níveis, a obra segue as orientações da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). “O objetivo é reunir e resumir o conhecimento atual referenciado por fontes acessíveis ao público”, enfatizam as coordenadoras do projeto.

Confira abaixo a estrutura básica da obra, dividida em 6 partes e 17 seções, cada uma com um número variável de capítulos:

Povos Tradicionais e Biodiversidade no Brasil. Contribuições dos Povos Indígenas, quilombolas e Comunidades Tradicionais, para a biodiversidade, Políticas e Ameaças.

PARTE I. TERRITÓRIOS E DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

PARTE II. CONTRIBUIÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS À BIODIVERSIDADE

PARTE III. POLÍTICAS PÚBLICAS DIRECIONADAS AOS POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

  • SEÇÃO 9. INCENTIVOS AO USO DA TERRA E À PRODUÇÃO
  • SEÇÃO 10. POLÍTICAS EDUCACIONAIS, DE SAÚDE E DE PROTEÇÃO SOCIAL

PARTE IV. POLÍTICAS PÚBLICAS QUE AMEAÇAM OS POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

PARTE V. AVALIAÇÕES INTERNACIONAIS

PARTE VI. PESQUISAS INTERCULTURAIS

Jornal da Ciência