O retorno econômico do ensino superior

Na nova edição do Jornal da Ciência Especial, estudos demonstram que para além do desenvolvimento educacional, científico, tecnológico e em inovação, o investimento governamental no ensino superior traz elevados retornos econômico-financeiros para a sociedade

jc especial de hjPara cada R$ 1,00 aplicado nas três universidades públicas paulistas – USP, Unesp e Unicamp –, a sociedade tem um retorno de 2,78% ao ano. A Universidade de Brasília (UnB) gerou 44.998 empregos na capital do Distrito Federal e proporcionou renda de R$ 2,4 bilhões, o equivalente a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) local em 2019. Na Universidade Federal de Itajubá (Unifei) a cada R$ 1,00 que o governo aplica, a sociedade recebe R$ 3,28 em forma de acréscimo de renda para os alunos egressos.

Estes são alguns dos principais números levantados por um grupo de pesquisadores que têm se dedicado a medir o impacto econômico das universidades públicas. Os estudos foram realizados no período 2017-19, alguns foram atualizados recentemente, mas todos chegam à mesma conclusão: para além do desenvolvimento educacional, científico, tecnológico e em inovação, o investimento governamental no ensino superior traz elevados retornos econômico-financeiros para a sociedade.

Na nova edição que já está disponível para download, o Jornal da Ciência Especial entrevista o pesquisador Moisés Diniz Vassalo, do Instituto de Engenharia de Produção e Gestão (IEPG) da Unifei, um dos pioneiros nos estudos sobre o impacto econômico do ensino superior público. Economista de formação, Vassalo é autor ou coautor em estudos e artigos sobre o tema. “Muitas vezes, principalmente em cidades menores, se fala ‘esses alunos vêm para cá só para fazer baderna’. E aí você traz números para discussão e mostra quanto do PIB da cidade é movimentado por esses alunos, quanto gera de emprego”, diz Vassalo.

A edição especial está disponível para download gratuito no site do Jornal da Ciência. Baixe o seu e boa leitura!

Janes Rocha – Jornal da Ciência