Presidente da SBPC recebe medalha da Marinha

A presidente da SBPC, Helena Nader, recebeu na quinta-feira (11/06), a medalha “Ordem do Mérito Naval”, criada pelo Decreto nº 24.659, de 11 de junho de 1934, concedida pela Marinha do Brasil. “Estou muito honrada com esta homenagem”, agradeceu Helena, totalmente emocionada, na sede do Comando do 8º Distrito Naval em São Paulo, onde o evento foi realizado, em cerimônia simbólica alusiva aos 150 anos da Batalha Naval do Riachuelo. A comenda foi entregue pelo vice-almirante Wilson Pereira de Lima Filho.
A cerimônia aconteceu no dia 11 de junho na sede do Comando do 8º Distrito Naval em São Paulo
A presidente da SBPC, Helena Nader, recebeu na quinta-feira (11/06), a medalha “Ordem do Mérito Naval”, criada pelo Decreto nº 24.659, de 11 de junho de 1934, concedida pela Marinha do Brasil. “Estou muito honrada com esta homenagem”, agradeceu Helena, totalmente emocionada, na sede do Comando do 8º Distrito Naval em São Paulo, onde o evento foi realizado, em cerimônia simbólica alusiva aos 150 anos da Batalha Naval do Riachuelo. A comenda foi entregue pelo vice-almirante Wilson Pereira de Lima Filho.
A medalha é destinada a premiar militares da Marinha que tenham se distinguido no exercício da profissão e, excepcionalmente,  organizações militares e instituições civis, nacionais e estrangeiras, suas bandeiras ou estandartes, assim como personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, que prestarem relevantes serviços à Marinha do Brasil. No total, oito pessoas foram agraciadas, e Helena Nader foi a única mulher.
A presidente da SBPC observou que a homenagem é um reconhecimento de vida e de batalhas. “Lutamos para que o Brasil chegue onde é o lugar dele. Onde todos terão uma educação merecida. Onde a nossa ciência estará plenamente reconhecida e cada vez mais impactando na melhoria de vida todos os brasileiros”, disse.
“Me emocionei muito com  a cerimônia ao ouvir o Cisne Branco no final. Lembrei-me de minha mãe, que cantava esta música para mim e minha irmã quando éramos crianças. Ela tinha um grande orgulho da Marinha do Brasil”, recorda.  E completa, “por isso, dedico esta homenagem a ela, que dedicou a sua vida a nós duas. Meus pais sempre disseram que a educação era a herança que eles deixariam para nós. E acho que eles estão felizes, onde estiverem, por ver que suas duas filhas defenderam, e defendem,  cada uma na sua área, o País no qual acreditamos”.
Mensagem da Presidência da República
Em memória à Batalha Naval do Riachuelo, a presidente Dilma Roussef encaminhou uma mensagem, lida na cerimônia pelo interlocutor da Marinha do Brasil, reconhecendo a dedicação e o desempenho dessa instituição. Segundo a presidente, os comandantes da batalha materializaram seu amor à pátria, escrevendo com profissionalismo e bravura um dos maiores eventos navais brasileiros. Ela destacou que o cenário atual é bem diferente daquele que marcava o contorno geográfico do Brasil à época do conflito. “Vivenciamos um cenário bastante distinto daquele, onde imperam os laços de amizade, a cooperação e a busca de políticas regionais de fomento, de desenvolvimento social, econômico e de defesa. Mesmo neste clima, específico, nossa segurança requer constante vigilância entre pares das forças armadas para atuar em conformidade defendendo a nossa soberania”. 
Dilma também ressaltou que a Marinha do Brasil continua honrando seu compromisso histórico e que “trabalha para garantir que nossas águas jurisdicionais, a Amazônia Azul e nossas malhas hidroviárias, sejam um ambiente seguro e que possa cultivar a integração e o avanço econômico por meio do comércio marítimo e fluvial, além da exploração soberana dos recursos nelas existentes”.
Mensagem do comandante da Marinha do Brasil
Em outra mensagem lida pelo interlocutor da Marinha, o almirante de Esquadra Eduardo Barcelar Leal Ferreira lembrou a importância da Batalha Naval do Riachuelo. “Em 1865, a jovem nação brasileira, ainda sobre o Regime Imperial, experimentava a consolidação do sentimento de nacionalidade. No entorno geográfico, os recentes processos de independência conformavam movimentos de estabilização e de confronto de limites. O Brasil atribuía grande importância à região do Rio da Prata, pela livre navegação pelos seus cursos d´água, que permitiam o acesso ao interior do País. A comunicação terrestre com a região do Mato Grosso era precária, reforçando a relevância ao emprego dos rios Paraná e Paraguai para alcançá-la. Este era o contexto que eclodiu a Guerra da Tríplice Aliança. Maior conflito regional na história Sul-americana na qual a invasão de parte das províncias do Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul serviu como estopim e gerou a necessidade de lutar para salvaguardar os interesses nacionais. A Batalha Naval do Riachuelo, ocorrida há exatamente 150 anos, assinalou o momento capital do conflito. Pois, ao garantir a navegação dos rios Paraná, Paraguai e seus afluentes, garantiu transportar com segurança, artilharia, soldados e mantimentos inviabilizando a ofensiva inimiga. A épica vitória da nossa força tarefa deixou-nos um rico legado de exemplos que hoje, nessa comemoração cívica, devemos exaltar e cultuar”.
(Vivian Costa/SBPC)