Porque o Brasil precisa de um Sistema Nacional de Educação Superior, Ciência e Tecnologia?

Artigo da nova edição da Ciência & Cultura aponta que sistema teria o potencial para promover e amplificar ações para enfrentamento dos desafios do desenvolvimento socioeconômico brasileiro

Educação, ciência e tecnologia são imprescindíveis para o enfrentamento dos grandes desafios contemporâneos da humanidade (crise climática, degradação ambiental, desenvolvimento sustentável, fome, miséria e água potável, entre outros). Desta forma, pensar um sistema nacional que integre os três setores teria o potencial para promover e amplificar ações para enfrentamento dos desafios do desenvolvimento socioeconômico brasileiro. Isso é o que discute artigo da nova edição da revista Ciência & Cultura que tem como tema “A Universidade do Futuro no Brasil”.

Um Sistema Nacional de Educação Superior, Ciência e Tecnologia poderia promover, amplificar, articular os agentes e as ações e dar sustentabilidade às práticas sociais fundamentais da sociedade moderna. Quando aliado às demandas das camadas populares, esse desafio ganha significativa amplitude. “Precisamos de um Sistema de Educação Superior, Ciência e Tecnologia para não desprezar nenhum potencial, para impedir que parcela significativa dos nossos estudantes sejam formados sem cultivar o espírito investigativo e o pensamento reflexivo, para enfrentar o analfabetismo científico e gerar o desenvolvimento da ciência e da tecnologia nacional”, afirma Eliane Superti, professora do Departamento de Relações Internacionais e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política e Relações Internacionais (PPGPCRI) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Para a pesquisadora, a qualidade do ensino de graduação está associada à construção do conhecimento e isso envolve a pesquisa. Desta forma, a expansão universitária ocorrida no início do século 20, assim como as ações afirmativas que contribuíram para que camadas antes excluídas desse meio (negros, indígenas, estudantes do ensino público, etc.) pudessem começar a fazer parte dele, foram fundamentais para elevar o patamar das universidades públicas e da produção de conhecimento. Esse novo patamar colocou pesquisa, inovação e tecnologia como estratégia importante para o aumento da produtividade e desenvolvimento socioeconômico.

Mas é preciso ir além. “Aprofundar essa experiência promovendo efetiva decolonização da formação superior e produção do conhecimento científico, tornando-os socialmente referenciados em interface e diálogo com a educação básica e com outros saberes – como o tradicional – não é tarefa que possa ser feito por uma única instituição. Isso só pode ganhar materialidade histórica se projetado a partir de um sistema de amplo escopo que supere a fragmentação e promova a crítica conjunta do ES, da ciência e da tecnologia”, defende Superti.

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