SBPC lamenta morte do professor da UFMA Luiz Alves Ferreira

O docente, que era sócio desde 1984 da entidade, teve uma grande atuação no desenvolvimento científico no Maranhão. Grande parceiro da SBPC, foi secretário da SBPC-MA em várias gestões

luiz-alves-ferreiraA Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) lamenta o falecimento de Luiz Alves Ferreira, aos 75 anos, ocorrido nesta segunda-feira (16), em decorrência de um câncer de próstata. Professor aposentado do Departamento de Patologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Ferreira era sócio da entidade desde 1984. Sempre atuante na entidade, ele foi secretário regional da SBPC no Maranhão em várias gestões (1998-2002, de 2011 a 2015 e 2017 a 2019), tesoureiro da SBPC-MA de 2004 a 2006 e secretário regional adjunto da SBPC-MA de 2006 a 2008.

O professor Luizão, como era conhecido, nasceu no quilombo Saco da Almas, hoje Vila das Almas, pertencente ao município de Brejo (MA). Se formou em medicina pela UFMA, com mestrado em patologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP). Foi membro fundador do Centro de Cultura Negra (CCN) e da Academia Maranhense de Ciência.

Segundo o secretário regional da SBPC-MA, Antônio José Silva Oliveira, Ferreira também participou de vários outros movimentos como professor e cientista em prol do desenvolvimento científico do estado. “Podemos citar a criação e recriação da nossa Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), da associação de professores, participando efetivamente de suas ações como membro da diretoria ou como conselheiro da SBPC. Ele teve uma participação efetiva na implantação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no estado do Maranhão e na realização da 64ª Reunião Anual da SBPC, em especial na inclusão dos saberes tradicionais no tema do evento”, recorda. Oliveira cita ainda que Ferreira lutou pela implantação das cotas afrodescendentes nas universidades e Institutos Estaduais e Federais.

Oliveira lembra ainda que no carnaval deste ano, Ferreira foi homenageado pelo CCN, por meio do Grupo Akomabu, com sua vida cantada na passarela do samba. “Por tudo isso, a comunidade científica agradece a sua grande contribuição em prol do desenvolvimento do ensino e da pesquisa em nosso estado”, afirma Oliveira.

Ferreira deixa esposa, dois filhos, nora e uma neta.

Diversas instituições, dentre elas a UFMA e o Governo do Estado do Maranhão, publicaram notas de pesar sobre o falecimento de Ferreira.

Jornal da Ciência