SBPC recebe mais de 440 indicações para Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher

Este ano a premiação é dedicada às Meninas Cientistas, estudantes do Ensino Médio e da Graduação com notório talento para uma carreira científica promissora. Comissão julgadora se reúne em dezembro para selecionar as seis vencedoras. Resultados serão divulgados no dia 20 de janeiro de 2023

whatsapp-image-2022-11-18-at-12-26-52A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) recebeu 446 indicações para a 4ª Edição do Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, que neste ano premiará as “Meninas Cientistas”. Foram 126 indicadas para a categoria Ensino Médio e 320 para a Graduação, categoria que será subdivida entre as 3 grandes áreas do conhecimento: Humanidades; Biológicas e Saúde; e Engenharias, Exatas e Ciências da Terra. As concorrentes são oriundas de escolas e universidades de todas as regiões do País.

“Estamos muto contentes com a dimensão que a premiação recebeu nesta edição. Em poucos anos desde seu lançamento, em 2019, o Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher já se estabelece com uma premiação relevante no País, que homenageia as cientistas brasileiras com uma carreira renomada e, também, incentiva as jovens estudantes a se interessarem pela ciência como uma profissão”, celebra a vice-presidente da SBPC, Fernanda Sobral.

As indicadas serão agora avaliadas pela comissão julgadora formada por mulheres cientistas. Presidida por Sobral, o corpo de jurado conta ainda com Fernanda Wernek, bióloga e Pesquisadora titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa); Maria Domingues Vargas, professora do Instituto do Química da Universidade Federal Fluminense (UFF) e representante da Academia Brasileira de Ciências (ABC) no júri; Miriam Grossi, professora titular do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e diretora da SBPC; e Vanderlan Bolzani, professora titular do IQAr/Unesp, conselheira da SBPC e presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp). Elas terão a árdua tarefa de selecionar seis premiadas – três do Ensino Médio e três da Graduação – de cada uma das três áreas.

Na análise das indicadas, serão avaliadas a criatividade e boa aplicação do método científico em projetos de iniciação científica, bem como o potencial de contribuição com a ciência no futuro. Também será observado o desempenho das estudantes em atividades científicas como feiras, olimpíadas científicas e atividades similares. As vencedoras desta 4ª edição serão anunciadas no dia 20 de janeiro de 2023 e a cerimônia de entrega do Prêmio será no dia 10 de fevereiro, durante o evento anual realizado pela SBPC em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela Unesco (celebrado em 11 de fevereiro). O evento terá transmissão ao vivo pelo Canal da SBPC no YouTube.

Criado em 2019, o Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher” é uma homenagem da SBPC às cientistas brasileiras destacadas e às futuras cientistas brasileiras, que leva o nome de sua primeira presidente mulher, Carolina Martuscelli Bori. A premiação ocorre anualmente, alternando duas categorias – “Mulheres Cientistas” e “Meninas na Ciência”. Na 1ª edição, 25 Sociedades Científicas afiliadas à SBPC indicaram 29 cientistas brasileiras. A escolhida para receber o prêmio na categoria “Mulheres Cientistas” foi Helena Bonciani Nader, professora-titular da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp). E Alice Rangel de Paiva Abreu, professora emérita da UFRJ, recebeu a “Menção Honrosa”.

Em 2020, foi a vez das “Meninas na Ciência”, e já naquela primeira edição para as jovens, a SBPC recebeu 286 indicações de candidatas, oriundas de 18 estados e 70 municípios de todas as regiões do País. Um início surpreendente. Juliana Davoglio Estradioto, formada no curso técnico em Administração do Instituto Federal do Rio Grande (IFRS), foi a vencedora no nível de Ensino Médio, e Raquel Soares Bandeira, graduanda de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi a escolhida na categoria Graduação, pelo trabalho sobre “Eficácia terapêutica de uma naftoquinona contra a leishmaniose”.

O prêmio ainda concedeu duas menções honrosas para cada nível. Ana Carolina Botelho Lucena, aluna do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA), pelo trabalho sobre “A morte como testemunho da vida: família e escravidão nos testamentos do Centro de Memória da Amazônia”, e Nallanda Victoria dos Santos Martins, estudante do Colégio Estadual Doutor Antonio Garcia Filho, Umbaúba (SE), pelo trabalho sobre “Casa de farinha: da mandioca ao bioplástico”, receberam pelo nível Ensino Médio. Em Graduação, as menções honrosas foram para Julia Bondar, estudante de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pelo trabalho sobre depressão em adolescentes, e Nayara Stefanie Mandarino Silva, graduada em Letras Português e Inglês pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), pelo trabalho sobre “Marquês de Pombal e a Instrução Pública”.

Na 3ª edição, em 2021, a entidade premiou Nilma Lino Gomes, professora titular emérita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na área de Humanidades; Gulnar Azevedo e Silva, professora titular do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), na área de Biológicas e Saúde; e Beatriz Leonor Silveira Barbuy, professora titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), em Engenharias, Exatas e Ciências da Terra.

Jornal da Ciência