Seminário temático da SBPC discute o futuro da ciência no Amazonas

O evento, realizado nessa quinta-feira (14), em Manaus, abordou temas como projetos nacionais para a região, educação e qualidade de vida

A questão “Qual o futuro da ciência no Amazonas?” foi o tema do seminário promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Manaus, nesta quinta-feira (14). Segundo Adalberto Luis Val, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) e coordenador do evento, o encontro teve participação de cerca de 150 pessoas e foi permeado por temas como projetos nacionais para a Amazônia, educação e qualidade de vida. “Diante dos assuntos abordados, na próxima semana vamos sintetizar tudo em uma carta para juntar ao documento geral da SBPC”, explica.

O evento compõe os oito seminários temáticos que a SBPC está organizando sobre “Políticas Públicas para o Brasil que queremos”, como parte das comemorações de seus 70 anos, em 2018.

Val explicou que o encontro, realizado no Musa do Largo São Sebastião, contou com temas pertinentes à Região. “Discutimos a questão dos grandes projetos, tanto nacionais quanto internacionais, na Amazônia. Vemos que há uma necessidade de uma interlocução para que haja uma incorporação da ciência neles. Nem que seja com relação à assimetria das ações que fazem aqui”, explicou.

Outro ponto debatido foi a qualidade de vida, conta Val, que já foi conselheiro da SBPC. “Abordamos como conciliar a questão da expansão da cidade no meio da floresta. Uma vez que não se pode pensar em uma expansão deixando a floresta intacta. Mas, evidentemente, que podemos usar a tecnologia para minimizar esses impactos”, explica.

O pesquisador do Inpa disse também que outro tema levantado foi a necessidade de uma interlocução com as agências de pesquisa na região. “Não é possível que se conceba editais de pesquisa sem fazer uma perspectiva da demanda regional”, lamentou.

O evento

O objetivo do ciclo de seminários temáticos da SBPC é discutir políticas públicas nas áreas de ciência, tecnologia e inovação, educação básica, educação superior e pós-graduação, democratização da comunicação, direitos humanos, desenvolvimento sustentável, Amazônia e saúde pública. Cada encontro resulta em um documento com diretrizes e propostas gerais para essas políticas. Após ampla discussão com a comunidade científica, esses documentos serão encaminhados aos candidatos ao Legislativo e ao Executivo da próxima eleição.

Vivian Costa – Jornal da Ciência