Contribuições da América Latina e Caribe ao WSF

O físico Luiz Davidovich, diretor da Academia Brasileira de Ciências (ABC), apresentou na tarde desta quinta-feira (21/11) a Declaração da América Latina e Caribe para o Fórum Mundial de Ciência (WSF, na sigla em inglês) 2013. O documento, que lança as bases de um plano estratégico regional para a resolução de problemas comuns para as próximas décadas, foi apresentado no “Seminário Brasil - Ciência, Desenvolvimento e Sustentabilidade”, que termina hoje (22/11) na sede da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Propostas lançam as bases de um plano estratégico regional para a resolução de problemas comuns para as próximas décadas
 
O físico Luiz Davidovich, diretor da Academia Brasileira de Ciências (ABC), apresentou na tarde desta quinta-feira (21/11) a Declaração da América Latina e Caribe para o Fórum Mundial de Ciência (WSF, na sigla em inglês) 2013. O documento, que lança as bases de um plano estratégico regional para a resolução de problemas comuns para as próximas décadas, foi apresentado no “Seminário Brasil – Ciência, Desenvolvimento e Sustentabilidade”, que termina hoje (22/11) na sede da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Durante sua apresentação, Davidovich falou sobre o processo de elaboração da proposta. “Este é um documento pioneiro. Os pontos foram muito discutidos, pois várias questões são comuns aos países, por exemplo, aumentar a sustentabilidade, a inclusão social e o trabalho”, destacou.
 
Também foi traçado um pequeno cenário de novos desafios que deverão ser enfrentados pela América Latina nos próximos anos. “O progresso traz novos desafios, novos patamares que queremos alcançar. Como a questão do transporte nas megalópoles, a vulnerabilidade às catástrofes, a desigualdade social, baixa produção de produtos tecnológicos. Temos que ampliar esse protagonismo”, relatou.

De acordo com o cientista, grande parte das respostas passa pela educação. “A educação ainda é deficiente em todos os níveis. O número de pesquisadores é reduzido. No Brasil a relação é de 1,2 pesquisadores para cada mil habitantes, outros países já contam com 7,2 para cada mil habitantes”, comparou.

O documento traz algumas propostas para enfrentar esses desafios. Entre elas estão projetos de fomeno ao uso racional dos recursos naturais, com exploração biosustentável e de inclusão social. “Fortalecer o ensino de ciências também é uma prioridade. Hoje faltam 20 mil engenheiros por ano no Brasil”, destacou.

Evento

A programação do seminário, nesta sexta-feira, inclui debates sobre a contribuição da ciência para o desenvolvimento latino-americano; as oportunidades e desafios da internacionalização da ciência brasileira; ciência, tecnologia e inovação e o novo padrão de desenvolvimento nacional.

Aberto ao público, o Seminário Brasil quer debater os desafios para o Brasil avançar no caminho do desenvolvimento sustentável. O seminário conta com a participação de cientistas estrangeiros e brasileiros, jovens pesquisadores, empresários e autoridades do setor. A sexta edição do Fórum Mundial de Ciência, que terá como tema “Ciência para o Desenvolvimento Sustentável Global”, será realizado entre os dias 24 e 27 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro.

(Edna Ferreira / Jornal da Ciência)