Faleceu nessa segunda-feira, 27 de novembro, o pesquisador Claudio Gilberto Froehlich. Sócio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) desde 1949, o mais antigo em atividade, Froehlich era professor colaborador da Universidade de São Paulo e dedicou sua atuação acadêmica ao estudo dos insetos aquáticos, chamados de Plecoptera. Froehlich tinha 96 anos e morava em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Formado em História Natural pela Universidade de São Paulo em 1951 e com doutorado em Zoologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (1954), Froehlich realizou seu pós-doutorado na Universidade de Lund, na Suécia, em 1960. Ao longo de sua carreira, publicou cerca de 90 artigos científicos, dois livros e colaborou com capítulos em 21 obras.
Em 2015, Froehlich foi homenageado com uma placa oferecida pelo Departamento de Biologia da FFCLRP-USP (Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras da USP Ribeirão Preto) em reconhecimento pela sua contribuição de excelência na formação de novos biólogos e pesquisadores, além de sua atuação pela pesquisa em Zoologia no Brasil.
O professor também atuou no corpo editorial de diversas publicações científicas, como a Acta Limnologica Brasiliensia e a Illiesia International Journal of Stonefly Research. Participou como revisor em diversos periódicos, como: Revista Brasileira de Entomologia, Entomological News, Revista de la Sociedad Entomológica Argentina, Biological Sciences, Acta Amazônica, além da atuação em publicações avulsas do Museu Nacional.
“Hoje o meu pai nos deixou aos 96 anos vividos de forma exemplar. Cláudio Froehlich era querido por todos aqui em Ribeirão Preto. Deixa muita saudade, mas uma importante e permanente contribuição à Biologia. Falávamos muito sobre o trabalho científico, coisa que conhecia de forma profunda e clara. Era o sócio mais antigo da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência ainda vivo, como mostra sua ficha de inscrição, de 1949”, declarou seu filho Augusto Froehlich, em um post no Facebook.
O fiel e inabalável apoio de mais longevo associado será sempre recordado pela SBPC, que presta sua homenagem ao renomado cientista e se solidariza a seus familiares e amigos neste momento de despedida. “A SBPC se orgulha muito da atuação desse sócio que, por mais de 70 anos – na verdade, desde a época de nossa fundação – jamais deixou de apoiar a causa científica e a organização da comunidade de pesquisa em defesa dos melhores valores sociais”, afirma o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro.
Rafael Revadam – Jornal da Ciência