Três dos 13 presidenciáveis não têm propostas específicas para ensino superior

Para o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Eduardo Mortimer, a educação deve ser uma política de Estado e não de governo

A educação aparece com frequência nos debates da campanha à Presidência da República, mas, dos 13 candidatos ao cargo, três não têm propostas voltadas para o ensino superior, as universidades nem os universitários. Essa é a conclusão de uma análise feita nos programas de governo que os presidenciáveis registraram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Henrique Meirelles (MDB), Álvaro Dias (Podemos) e Vera Lucia (PSTU) citam a palavra “universidade” uma única vez nos documentos que enviaram ao TSE. Mas essas citações não estão ligadas a propostas específicas para esse segmento da educação.

Eymael (DC) faz uma promessa sobre o assunto. Quer ampliar as vagas nas universidades. Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL) atrelam o ensino superior a pautas econômicas, reforçando a ideia de que é preciso desenvolver o empreendedorismo.

Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), João Goulart Filho (PPL) e Marina Silva (Rede) têm documentos com ideias mais detalhadas para o ensino superior e fazem conexão do mundo universitário com outras áreas de atuação da Presidência da República.

Para o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Eduardo Mortimer, a educação deve ser uma política de estado e não de governo. “Uma coisa boa é ver referência ao PNE [Plano Nacional de Educação], que é uma questão fundamental e é uma política de estado que foi aprovada pelo Congresso”, diz ele.

Agência Lupa