Viva a ciência do Brasil

Em editorial desta quinta-feira, Grupo A Tarde homenageia SBPC por seus 75 anos em defesa da ciência no País

Transcorridos os primeiros 75 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), é tempo de celebração, devido ao conhecimento gerado em todas estas décadas, produzindo bens intermediários à felicidade geral.

O reconhecimento do Estado à importância da ciência pode ser ilustrado pela iniciativa do presidente Lula, ao condecorar, ontem, a gente dedicada à pesquisa, com a outorga da Ordem Nacional do Mérito Científico, galardão justamente concedido. Outra medida alentadora é o anúncio da retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, depois de cinco anos de injustificada interrupção dos trabalhos considerados como da maior relevância para o país.

Todo este contexto auspicioso revela o momento sublime de reafirmação das verdades, em meio a hipóteses falseáveis, unindo não apenas os filiados à SBPC, mas todas e todos quantos aplaudem os métodos consagrados pelos profissionais do saber. Desliza para as manifestações culturais e o alicerce da democracia o êxito compartilhado, graças ao perfil plural e ativista, como condição necessária para o desenvolvimento em nação frutuosa em talentos ao usar a inteligência.

Não se deve reduzir sua atuaçãoaà misturas em pipetas, nos laboratórios frequentados apenas por quem veste jaleco e usa luvas; a amplitude inclui temas de arte, educação, meio ambiente, filosofia e as ditas “humanas”.

A inclinação para a luta, em prol do acúmulo de saberes, tendo por finalidade ampliar horizontes, vem desde a origem da entidade, em 1948, em resposta a tentativa de limitar a prestação de serviço à química orgânica e fabrico de soros. Resultado da união de professores, nesta justificada agitação, a liga integra interesses para promover a tecnologia e métodos inovadores, seguindo os princípios civilizatórios de conferir prioridade à sabedoria estratégica.

O baluarte da autonomia, erguido contra a irracionalidade dos biltres, desdobrou em vitórias memoráveis, como na resistência à ditadura militar nos anos 1970, e no governo passado, quando rareavam os investimentos no setor.

A Tarde